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A condenação dos Templários como a grande mancha da Igreja Católica

  • Foto do escritor: Professor Marcelo Bruggemann
    Professor Marcelo Bruggemann
  • 29 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

Por: Prof. Marcelo Vagner Bruggemann

Historiador católico, jornalista, Doutor em Educação


Os monges Templários, também conhecidos como Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, foi uma ordem militar e religiosa fundada no século XII durante as Cruzadas. O propósito original dos Templários era de proteger os peregrinos cristãos que viajavam para a Terra Santa. Mas ao longo do tempo, eles acumularam imensa fortuna e influência política e religiosa, o que os tornou alvo de cobiça e suspeita por parte de reis e clero.


O rei da França, Filipe IV, o Belo, em rota de colisão com a Inglaterra e endividado com a Ordem dos Templários, cuja principal sede era em território francês, tinha razões políticas de sobra para enfraquecer a ordem. O problema para Filipe, era que os Templários como uma temível ordem militar era o braço armado da Igreja e obedecia somente ao papa, logo, com a morte do papa italiano Bonifácio VIII, o papa francês Clemente V foi nomeado e a sede papal foi transferida de Roma, na Itália, para Avignon, na França.


Clemente V, sob forte pressão do rei francês, ordenou aos Templários a entrega das armas e logo em seguida emitiu em 1312 a bula "Vox in Excelso", que alegava heresia, blasfêmia e outros crimes contra os Templários dissolvendo oficialmente a Ordem dos monges cavaleiros.


Em 13 de outubro de 1307 Filipe IV lançou uma série de prisões em massa de membros da ordem em todo o reino francês. Muitos membros foram presos, torturados e forçados a confessar crimes que muitas vezes eram fabricados. Em 1314, o último Grão-Mestre dos Templários, Jacques de Molay, e outros líderes da ordem foram queimados na fogueira sob acusações de heresia.


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Jacques de Molay foi mantido em custódia por sete anos, durante os quais foi submetido a interrogatórios, torturas e humilhações. No entanto, ele sempre negou as acusações contra ele e a ordem, afirmando que os Templários eram inocentes de qualquer crime.


As condenações e perseguições dos Templários são frequentemente consideradas como resultado de uma combinação de razões políticas, econômicas e religiosas. Além disso, a pressão exercida por monarcas, como Filipe IV, contribuiu para a queda da ordem. A imagem moderna dos Templários muitas vezes é cercada de mistério e romantismo, levando a várias teorias conspiratórias sobre seu destino e legado.


Jacques de Molay foi mantido em custódia por sete anos, durante os quais foi submetido a interrogatórios, torturas e humilhações. No entanto, ele sempre negou as acusações contra ele e a ordem, afirmando que os Templários eram inocentes de qualquer crime.


O fato, é que o Concílio de Viena (1311-1312), é uma grande mancha na História da Igreja, porque mesmo sendo dois eventos históricos distintos, eles se relacionam indiretamente por meio das circunstâncias da época e das ações da Igreja Católica, até porque, foi convocado pelo próprio papa Clemente V para discutir questões relacionadas à reforma da Igreja e, especialmente, a supressão da Ordem dos Cavaleiros Templários. Esse concílio não condenou diretamente os Templários, mas acabou contribuindo indiretamente para sua condenação.


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O processo em si, envolvendo os cavaleiros monges é historicamente considerado tendencioso, injusto e brutal rodeado de confissões absurdas obtidas sob implacável tortura física e pressão psicológica, que gerou, inclusive, a superstição da sexta-feira 13, que ainda hoje em algumas culturas é considerada um dia de má sorte, e essa associação foi fortalecida por eventos históricos e folclóricos, como a queda dos Templários.


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